A BESTA VERSUS HOMEM
Data 01/08/2007 16:06:33 | Tópico: Poemas -> Tristeza
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Hoje a besta desceu sobre mim Arrepiando caminho pelo senso Comum, e nas escadas sem fim Só ficou o olor do contra-senso.
Fez-me fazer coisas impensáveis Ao comum dos homens, foi então Que perdi, das cenas inenarráveis O controle do meu servil coração.
Foi então que o maldito demónio, Se apoderou de minha vida sem Pedir licença, ficou-me, do gónio, A mestria de quem vive sem além.
Roubei o melhor que havia em mim Não medi prejuízos ou armadilhas, Por tudo isso, posso dizer-te assim, Mereci todas as ilustradas quilhas,
Além mar singrando nas altas ondas. Agora sou refém de mim ou de outro. Dime, para onde pendem as sondas? Alguém viu ilustre e desejado porto…
Os braços se distenderam além poço As pernas se encolheram ao mínimo, E eu, que jamais serei de novo moço, Contento-me com o meu real intimo…
Que posso eu fazer do ilustre passado, Viver o dia a dia é o que me resta aqui, Não quero que o futuro me seja negado Porque antes de tudo não soube de mim.
Jorge Humberto 30/07/07
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