Esfinge

Data 19/06/2010 10:17:28 | Tópico: Poemas

Tremo...
Diante desse abalo sísmico.
Um lábaro de tecido fino.
Do som, ao ribombar do sino,
A onda em amplitude máxima.

Calo...
Diante desse monte íngreme.
Um obelisco imensurável.
Segredo uno, impenetrável.
Um sentimento quase físico.

Finjo...
Que tudo isso é pouco, é ínfimo.
E vou como se fosse nada.
Da face pétrea, inanimada,
Travada, já não movo um músculo.

Amor...
Matiz que a tela virgem tinge...

Extremo.
Escalo...
Esfinge.


Frederico Salvo



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