guerra ao medo

Data 27/06/2010 20:13:03 | Tópico: Poemas

não é segredo o meu medo
e por isso o espanto bem
olho de frente
o degredo
ele olha-me,
de frente também.

se é solidão que me traz
à solidão abro os braços
ela fica admirada
e assim,
lhe troco
os passos.

se é morte,doença, pobreza
só lhes digo aqui estou eu
e elas,pequenas e fracas
de inferno passam a céu.

e se é do coração
que pretendem
bem ferir-me
em dura dor
abro alas ao perdão:
facas venham
peito abrir-me,
aqui estou ,caro senhor.


de tudo faço poesia,
o que é melhor do que nada.

desiste o medo, então
pois daqui:
não leva nada.






Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=139150