Soneto à deriva

Data 04/07/2010 22:45:53 | Tópico: Sonetos

Vento, traz-me a canoa de volta
Que anda à deriva no mar
Quem lá vai dentro não sabe remar
E em mim já cresce essa revolta

Vento, tu que arrastas as marés
Que devastas tudo em teu redor
Tu que serás sempre a força maior
Poupa-me a essa dor, por quem és

Vento, nada que me possas dizer
Pode atenuar esta minha angústia
Suplico-te, acaba com o meu sofrer

Vento, traz de volta o meu amor
Sei que não fazes milagres
Mas resgata-o das ondas em furor





Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=140117