Sem Sentido
Data 05/07/2010 13:11:46 | Tópico: Poemas
| Nos sussurros da vida, Nos ecos do Amor, Sobrevivi a tudo, Para poder testemunhar, Com tamanho fulgor, O que há, O que houve, O que haverá. Nos recortes de um cortinado Que quer tapar as fotografias Do abstracto. Uma cama sem lençóis, Porque já nada faz sentido. Descobriu-se o Amor, Num poema de Alberto Caeiro, Porque ama sem amar, Os campos e os prados. Viram-se os ecos distantes, Por espelhos que não reflectem, Por ser tudo tão negro, Sem luz que ilumine. No voo de uma borboleta, Com as asas de uma libelinha Vêem-se as rotas de uma moldura, E os poemas de uma varanda. A bailarina coseu o meu vestido de casamento. A criança cozinhou-o. Construiu-se um armário que guardasse os sonhos E uma cómoda para os pesadelos. O caderno escrevia, As linhas do poeta. Sem sentido (ou terá?!)
Sem sentido...
Imagem: grupo8ano.files.wordpress.com/2009/10/sentido…
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