No Limiar da pròxima dor

Data 05/08/2007 10:50:25 | Tópico: Poemas -> Amor

Há um refúgio na sabedoria verbal do teu corpo,
onde posso esgrimir a penumbra e o silêncio.

Chegam por esses umbrais até a mim
pela mão da dor apertada e ainda por vencer.

Relatam histórias de confusão e caos,
girando os negros portais da memória,
onde o vazio devora os possíveis amores
e todos os seus começos.

É como tivessem fugido de mim,
no ardor mais fragrante e sempre na sua promessa.

Condição imune ao amor,
ou à forma ascendente como te olho
e, permaneço pensativa e certa.

Unicamente és o beijo que me submete,
ao risco e à plenitude do absoluto.

Citilando lua sobre o limiar da próxima dor
um aroma a magnólia, uma brisa enfeitiçada,
auréola sem fim da pele do milagre.

Mas ainda não compreendo a claridade distinta,
que águas negra de estrelas, que música longínqua
te ondula na minha penumbra e silêncio.

Que um só pensamento sobre ti
é agora a minha vida até à morte,
ante a minha indefesa de te amar.


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