Lulu

Data 10/07/2010 12:10:13 | Tópico: Poemas

O reluzente clitóris de Lulu

Ofuscou a luz da ribalta e o varão

Apêndice proeminente

Olhos chamados

Das brumas do álcool

Uma palmada na nádega desnuda de Lulu

Um pacote de cigarrilhas

Gorjeta ínfima depositada na linha dos seios

Gracejar do homem com um póquer na mão

No verde as fichas digladiam-se pelos dedos


Voz rouca no estéreo,

Nova dançarina

Mas só no reluzir de Lulu

crescem os homens


Alguém mais afoito

aventura-se entre coxas

ao ínfimo toque as pernas de Lulu

tremelicam, seu hálito engrossa

Ciosa do seu brilho

Lulu roda e oferenda-se

A uma nota generosa

Que desaparece no seu calor




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