
Agora nada descortino
Data 11/07/2010 14:11:54 | Tópico: Poemas -> Saudade
| AGORA NADA DESCORTINO
Sabendo que não vim para ficar O meu apego à vida não tem medida Minha alma se perde de tanto a amar Em certos instantes a julgo perdida.
Minhas palavras são brasas na garganta Solto-as quando o tempo me faz medo Quando me sinto frágil como uma planta E pouco a pouco entorpeço na solidão do degredo. Às vezes me invade um infantil contentamento Vou desfolhando sonhos em confidência Outras surge em mim a descrença e o desalento Acaba-se a harmonia do madrugar da existência.
Agora nada descortino para além do tédio De caneta na mão deixo vaguear o pensamento a monte Se a vida é treva cerrada sem remédio?! Corro atrás da luz do Sol que se queda no horizonte.
A Vida é carta de mão em mão que não pára Ai de mim que já de tudo me esqueço! Na neblina dos meus olhos uma tristeza que não sara Teimo em prender-me à Vida mas já anoiteço.
rosafogo[img align=left]http://www.luso-poemas.
Este poema foi criado,esta tarde inspirado na música que se ouve e que me foi cedida pela Poeta Haeremai. Para ela o meu sincero agradecimento.
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