Dança do Ventre

Data 11/07/2010 21:16:08 | Tópico: Prosas Poéticas

Gasto os dias a degenerar-me, fio por fio, porque isto é viver.
Traduzo-me no lacrimejar palavras, que gotejam por sobre o campo estéril da insônia quando a tarde, em ruínas, desmorona.
Ainda ontem, miniatura remendada de mim, quis manter meus sonhos de mulher nas prateleiras mais altas, protegidos pela poeira dos dias; como um acervo complexo à espera de olhos peritos.
Neguei ao passado luzes que dão dia à noite, certezas que tornam medo em futuro, cores que convertem em música a severidade.
Mas um movimento há que a tudo arranca do sono
e agora venho dançar-te esse amor.





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