Quase um Soneto

Data 13/07/2010 22:21:31 | Tópico: Poemas

O relógio cego na parede
Mente, esconde, forja a vida.
Me prevê dias sem sede
E analgesia à ferida.

Cada algarismo uma letra torta
Onde navego eu sem ponteiro,
À espera, numa hora morta,
De escrever o verdadeiro.

No tempo que em mim passeia
Todo minuto dança à dor;
Um carnaval, tudo se pavoneia.

Vê, relógio, em que me meto!
Eu vivi, quase, um amor
E quase fiz um soneto!



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