??????????

Data 14/07/2010 22:21:28 | Tópico: Poemas

A chuva tenta lavar o sofrimento do desprezado
Mas nem um dilúvio lavaria tanta amargura
De repente ela cessa e faz arder o coração em prantos
E nem os deuses tem a capacidade de amenizar tal dor
É um caule espinhoso com a rosa destruída, macerada
Cujo a beleza sucumbiu, ficou na estação passada
Com todos os planos que fizemos e com as tardes eternizadas em minha memória
Ah... Aquelas tardes quentes de puro delírio
Sorrisos, toques, palavras de nossas almas, juras de nossos corpos
Tudo esquecido no primeiro dissabor a ultrapassar
Como se acordasse de um lindo sonho e voltasse a realidade
E agora tudo é nada, nesse corpo só ecos do que se foi
Azucrinando minha mente também vazia
Impossibilitada de qualquer reação e plano
Ela que ressuscitara para uma nova era
E tivera a esperança de sobreviver a tantas lutas
Agora agoniza, pede socorro, pede auxílio
Alguém que me puxe desse abismo em que me atirei
Que me arranque do peito esses espinhos
Que me mostre a saída desse deserto


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=141643