TRISTEMENTE VIVO

Data 20/07/2010 22:55:10 | Tópico: Poemas

<img src="http://i43.tinypic.com/aayhs.jpg" border="0" alt="Image and video hosting by TinyPic"></a>
TRISTEMENTE VIVO

Podia falar-te das bermas sombrias
Do por do sol e das luas de Agosto
Podia beijar-te como merecias
Mostrar-te o amor, como tu podias
Ser apenas brisa tocando meu rosto.
Queria mostrar-te como nasce o tempo
Das colheitas fartas no queimar da pele
Levar-te nas asas extensas do vento
E por um momento
Ser o teu corcel.
Julgava que querias saber-me confesso
Na cave perpétua que sempre escondi
Mostraste-me a vida depois do regresso
Eu acreditei na esperança do excesso
E lavrei a terra que nascia em ti
Podia oferecer-te o riso dos prados
A voz das cascatas depois da monção
Ser a penitência pelos teus pecados
Que prendes, coitados
São pura ilusão.
Podia falar-te, mas não queres ouvir
Te escondes incerta por trás do sorriso
Agarras o tempo que sentes fugir
Vergando ao limite, deixando fruir
a tristeza imensa de me sentir vivo.

Regensburg
19-07-2010
Beija-flor



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=142608