Poema dum amigo

Data 21/07/2010 15:55:07 | Tópico: Poemas -> Dedicatória



"Eu hoje sou nada!
E o nada não se vence!
Deixo esta queixa derramada
Meu crepúsculo já à noite pertence.

"
Quadra final do poema "P'ra mim que me perdi", de Rosa Fogo, publicado no site "Luso Poemas"

HOMENAGEM

Não quero morrer dum tiro certo,
nem dum ar mau que me leve ao desespero,
nem dum fogo que venha de rajada...
Eu quero apenas morrer no verso,
nas rimas que não rimam entre si...
Eu hoje sou nada!

Quero se querer ainda puder
sentar-me ante o medo de morrer
e dizer-lhe tudo quanto pense...
Quero fechar os olhos e sonhar
que tudo vale a pena quando intento...
E o nada não se vence!

Por dentro de mim há labaredas,
fogueiras nunca extintas que me queimam
como os raios do sol à alvorada!
Há sons e fábulas que me dominam,
hinos e palavras a quem me entrego...
Deixo esta queixa derramada!

Trilhos tantos a quem me dei total,
inteira como só assim soube estar,
mater que não deseja quem a incense...
Pedras que o são, águas que lambi,
odor a terra, chão, suor, dor e risos...
Meu crepúsculo já à noite pertence!

Com um beijo do amigo,
PC
Em 20.Jul.2010, pelas 23h30

Grata pela amizade, aqui partilho o teu belíssimo poema que por acaso encontrei na página Poetas e Escritores do Amor e da Paz.

rosafogo


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=142696