VOCÊ NO MEU CADERNO

Data 23/07/2010 01:44:35 | Tópico: Poemas -> Amor

Não é tão simples arrancar as páginas deste livro
Que traz nas suas entrelinhas a essência do meu amor
Não é tão simples espatifar como se fosse um caco de vidro
Os poemas que fiz para você com o nécta da minha dor.

Estou presente em cada linha destes versos
Ora perdido, ora nas ruas ou num jardim
Lançando os meus gritos vazios no universo
Chorando pelo muito que você significou para mim.

Como posso dizer que estou curado
Se deste ferimento o sangue não se estanca?
Sinto os meus lábios amargarem de pecado
E se tento me defender esta dor me espanca.

A minha mente não concebe a minha existência sem você
É como se eu estivesse sendo atacado por um violento animal feroz
Que ameaça o meu viver
Grito o teu nome até perder a voz...

Faço gestos desesperados
Para que você entenda que ainda estas no meu caderno
Em centenas de versos avermelhados, marcados...
Testemunhando o meu amor eterno.

Pode parecer loucura
Esta ânsia e este desejo que me enleia
Vivo buscando um alvará de soltura
Que possa libertar-me desta cadeia.

Não tenho a certeza se conseguirei
Não sei se isto é um carma ou um castigo
Estarei mentindo se disser que nunca te amei
Eu tento tirar você dos meus versos e não consigo.

Escritor e Mestre Jailson Santos



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=142953