NUTRIÇÃO DO ÓDIO

Data 23/07/2010 02:28:50 | Tópico: Poemas

Nunca me disfarço quando penso,

Uma atroz moeda ordinária de destruição

(o pensamento)

A nutrir no bojo da mediocridade

Tudo o que há em mim, um caminho pedregoso.

Nada disfarça a vida como o olhar,

Olhar desfeitor das virtudes de amar.

(o ódio)

Tudo que eu peço àquele que reside

Na caverna profunda, profunda...

(referente a mim).

É que acautele-se por si e por nós

(eu e o corpo)

Porque, a caverna é funda e escura

Mas o ódio ilumina a escuridão

Procurando qual galgo farejador

A sua presa a razão, a destemida razão.

(Você (dual) e a Sociedade)



Nunca se distancie da cautela

Oh, homem que aqui habitas...

Nunca desfaças o bem e a ira do ódio

Porque com ócio o ódio não vencerá

E com bramidos não se ganha a luta.

(Você (dual) e a Injustiça)

Pois sois dentes que se afiam

São dentes destemidos e estraçalham.

São mandíbulas fortes que sufocam

Todo o ser racional e distante

Do mundo que se apraz do ódio,

Acautele-se, herói da caverna.

(Você (dual) e seu corpo)

Pois qual disse um sábio,

E outros o seguiram sabiamente:

"O ódio serve para fervilhar o sangue

E destruir os descalcificados ossos".

(Fazer o quê meu irmão)



Fonte: http://www.webartigos.com/articles/32 ... agina1.html#ixzz0uT7HNloa



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