Carta aberta à "mana"

Data 25/07/2010 11:03:05 | Tópico: Poemas


Acho que te posso tratar assim, por mana, já que começaste por me tratar como tal, desse jeito carinhoso utilizado pelos indígenas do Tarrafal (Bairro S. João de Deus). Só que cometeste a veleidade de não colocar o meu nome porque a mesma covardia de não comentar o texto directamente não to permitiu. É mais fácil fazer um texto apelando às massas acolitantes para recolher comentários igualmente ofensivos. Eu em todas as minhas crónicas que escrevo regularmente, em todos os meus comentários nunca utilizei o insulto fácil e soês e já não ando aqui há tão pouco tempo como alguns crêem dado as minhas poucas aparições no site. Agora pouco comento e por via disso pouco sou comentado mas leio, leio muito, aqui e noutros sítios que é como quem diz livros, e não leio só os autorzinhos light ou pimba como gosto de lhes chamar. Quando leio aqui algo que não gosto comento nesse texto exactamente a minha opinião sobre o assunto embora isso dê azo a que, covardes apaguem os mesmos porque não são capazes de enfrentar o contraditório muito menos quando estão a mentir com quantos dentes têm.
Pois minha cara Sãob, sim porque tu não me identificaste mas eu identifico-te dando-te o protagonismo, não vou usar o cliché de dizer que não desço ao teu nível para te prodigalizar com os mimos que me dedicaste que vai de parvalhão a nabo e coisas que tais, vou tão só dizer-te que sou livre de fazer uma crónica e de criticar uma expressão, não pela expresão em si que não tem nada de mal mas tão só pelo que concerne à mesma. Nessa crónica não insultei ninguém. Ora o que concerne a expressão, tu sabes, é esse mimosear de compadrios que tu também sabes. Considera-a uma critica de costumes tão usado por Rafael Bordalo Pinheiro e o agora mais contemporâneo José Vilhena que aqui já não sei se sabes, que cheira-me que tu é mais Paulo Coelho e Margarida Pinto Correia. A juntar a esses que referi podia falar de outro cronista estupendo, o Mec (Miguel Esteves Cardoso) e outros que devias ler para te habituares ao contraditório. E olha que nem sempre concordo com o Mec mas ele de nabo não tem nada.
Podia agora dizer-te que os epítetos com que me mimoseaste são mais do jeito das peixeiras do bolhão e com o cheiro das fanecas que são pisoteadas mas essas senhoras são limpas e arrumam a sua banca não deixando as fanecas a apodrecer e o que têm a dizer dizem na hora, em vernáculo sim mas a elas ninguém leva a mal pelas poucas hipóteses de instrução que tiveram, por isso não as vou insultar com a comparação. Já tu tinhas outras obrigações, o de contradizer no mínimo no mesmo tom porque se não és capaz disso então o melhor é mesmo ires para o bolhão vender os vasinhos de manjericos e aproveitas o teu dom para fazer aquelas quadrazinhas que se espetam no vaso. Mas cuidado, aí não chames parvalhão a ninguém porque te arriscas a levar com um robalo nas bentas que ficas a dizer “chopinha de macha” para sempre.
Bem, posto isto dedicar-me agora a dar resposta aos comentários acolitantes, essas pessoas não sei se leram a minha crónica, algumas até dizem alto e bom som que não me lêem, mas se não o fazem façam lá um intervalo na birra e vão ler para verem se insulto alguém. Da vony nem vou falar porque essa realmente já deu provas mais do que uma vez da baixa estatura moral que tem, nomeadamente na utilização de confidencias que lhe fazem e vem escarrapachar para o luso armada em confessora e muito contristada. Mas ó Sr. Alberto, eu alguma vez me dirigi a si de forma menos respeitosa? De toda a gente desde a que escreveu até aos que comentaram a que mais me admirou foi o Sr. Porque sempre o estimei e respeitei. Na impossibilidade de lho dizer olhos nos olhos digo-lhe aqui que a estima como há-de compreender foi por água abaixo quiçá regar a sua horta, já o respeito mantenho-o, única e exclusivamente pela idade e é esse respeito que me impede de fazer agora aqui uns quantos trocadilhos acerca dos seus pepinos, quer no que à consistência diz respeito devido á sua idade quer ainda onde os podia meter. Quanto à Sra. Dona Rosa, bem… desculpe, eu conheço-a? A Liliana que sempre respeitei e respeito e sinto-me respeitado por ela não vou tecer considerações porque como a sãob fez o favor de não dizer de quem estava a falar nem a que texto se referia a impressão que me deu foi que ela nem me leu. A tal cobardia no seu melhor. Os restantes, a coisa é tão ridícula que fico por aqui incluindo os azuis choques.
Isto para acabar dizendo que não me sinto incomodado com os beijos no coração, foi só uma forma de brincar com uma ponta de escárnio reconheço mas é própria de quem escreve, tão só isso e já teria passado e esquecido não fosse a sãozinha se lembrar de me insultar por causa disso. Mas não sãob, não te vou insultar de volta, não faz o meu género, mas cuidado não passes pelo bolhão.




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