
António Feio, lembro-me de ti
Data 30/07/2010 01:19:39 | Tópico: Poemas
| Perde-se o homem num sentido De uma interpretação coerente Pela exaustiva luta perdida
Contra o facto de estar doente Interpretou imensas peças Com enorme persistência
Actor meu contemporâneo Que vejo desde quase sempre Por vezes muito espontâneo
No teatro incansável e querido Na televisão sempre presente E em todos os ensaios da vida
Foi artista mordaz e pertinente Que a ninguém pediu meças Demonstrando competência
Afasta-se para outro lugar Porque a dor mais maligna Não conseguiu ultrapassar
Um homem quando perece Se ofusca em escura valeta Sortilégio de quem falece Por erro que não cometa Mas o actor se fortalece Por uma conversa da treta
António MR Martins
2010.07.30
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