atmosfera

Data 01/08/2010 18:12:59 | Tópico: Poemas

Indiferente à brisa
o vento acomoda-se e agita os ramos,
levanta-os nessa transparente oscilação.

Com eles as folhas dispersas,
o leve restolhar.

Essa massa que nos engole
é a nossa dívida permanente
e o vento continua
à brisa indiferente.

Indiferente à criança,
o Homem estrutura a sociedade,
elabora o futuro, essa doce ilusão;

com ele os planos
feitos para longos anos.

Os infantes
guardam a herança
e o Homem a indiferença.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=144437