FAÇAMOS DAS MÃOS PUNHAIS

Data 10/08/2010 00:43:49 | Tópico: Poemas

Ouço o eco da inquietação
No seio deste chão
Por onde passo
Onde o silêncio se faz ouvir
Num barulho ensurdecedor.

Doem-me as dores
Das feridas que não gritam
E sofrem em silêncio…
A dor se revolta
Num grito lancinante
Ondas de indignação
Rebentam estrondosamente!
Dentro da nossa alma.

Na praia da desilusão
Pairam sobre as nossas cabeças
Aves agoirentas
Nuvens de desânimo
Partículas de revolta.

Gritemos bem alto!
Façamos das mãos punhais
Afoguemos no mar a incerteza
Libertemos a esperança
Matemos os chacais!

Gil Moura (Mário Margaride)




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