Desiderato

Data 10/08/2010 16:13:41 | Tópico: Poemas

Pétalas de um corpo que caem
minhas palavras no nevoeiro
e que vão dar num cinza cor de nada,
papel de cera.

Falarão do frio ao esquecimento
às portas metálicas da penumbra,
poço difuso de onde o passado
em permanente hipnose
gasta-se em emergir.

Em todo agosto terão eólicos os sentidos;
correntes agudas e urgentes
na propriedade simbólica
de um domínio relativo.

Sim, estas pétalas de um corpo
que caem.



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