Medos de poeta

Data 10/08/2010 21:00:36 | Tópico: Sonetos













Medos de poeta

Em jardins proibidos já apanhei flores
Já sofri muito com a fome das crianças
Já destruí o ódio e já plantei amores
E até lá no deserto semeei esperanças

Já mergulhei para ver o que há no mar
Já fiz fogueira para esfriar a descrença
Transformei as trevas em noite de luar
Já chorei bastante com a maledicência

Não me mete medo qualquer dinossaro
Posso também adomar um minotauro
Ou lutar contra qualquer bicho papão

O que me dá medo e me leva à míngua
É a mentira que sai da comprida língua
Essa sim me destrói e me joga ao chão.

jmd/Maringá, 10.08.10



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