PACIÊNCIA

Data 11/08/2010 13:04:24 | Tópico: Poemas

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PACIÊNCIA

Trago fardos de tempo agitado
Vagas duma vaga memoria,
No sangue quente um mar irado
Escrevendo amor dum amor errado
No cedo longe da nossa historia.

Esperei-te raro nas pressas
De fundir-me em ti, tão casta
Um oceano às avessas
Alimentando promessas
Na foz, que de mim se afasta.

Sabia-te minha, nesta esperança toda
Escondida nos becos dum país qualquer
Trinando os acordes, duma viva roda
Esperei-te nos anos e passei de moda,
Hoje ninguém espera, por uma mulher.

Mas fui paciente, no teu demorar
Usurpei-te o mapa sem dó nem pudor
Pois no fundo do fundo, daquele fundo mar
Eu via, sabia, que existia amor.

E a noite que veio trazendo o correcto
Ensinou-me aquilo que tão bem sabia
Que o amor espera, nem que seja um século
Como espera a noite que regresse o dia.
Eu esperei sentado no conto que canto
E na prudência branda me tornei vitória
Foi a paciência que me deu o tanto
Do tanto que conto nesta nossa história.

Regensburg
07-08-2010
Beija-flor



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