cheira aqui ao quilo mil

Data 14/08/2010 09:30:58 | Tópico: Textos

um saco de palavras fora de moda, com cheiro a naftalina, tortas, esburacadas, outras apodrecidas, flutua aqui no mar da língua. pescam-nas virús de mente curta com as mãos enfiadas na retrete sarrenta como os dentes de quem as diz. dói ouvir essas mortes, que mortes são na decomposição do verbo fornicando versos floreados de haste mole, paisagens em decomposição de idílica mesmice, feitas na (de)arte da intelectual defecagem da incoerência. as vistas são de puro mau hálito a cortar caminho do sovaco da vaidade, sempre em queda descendente, para o imprescindível umbigo macacal. parem-se cantos abortados e estropiados para colar nas costas uns dos outros e num engarrafamento de bajulação ouvem-se aplausos quadrados de manápulas sem cabeça. o panorama: uma nuvem temporal de insectos aos sete ventos a contaminar a humanidade da palavra.
um saco de palavras fora de moda, com cheiro a naftalina, tortas, esburacadas, outras apodrecidas, flutua aqui no mar da língua. pescam-nas virús de mente curta com as mãos enfiadas na retrete sarrenta como os dentes de quem as diz. dói ouvir essas mortes, que mortes são na decomposição do verbo fornicando versos floreados de haste mole, paisagens em decomposição de idílica mesmice, feitas na (de)arte da intelectual defecagem da incoerência. as vistas são de puro mau hálito a cortar caminho do sovaco da vaidade, sempre em queda descendente, para o imprescindível umbigo macacal. parem-se cantos abortados e estropiados para colar nas costas uns dos outros e num engarrafamento de bajulação ouvem-se aplausos quadrados de manápulas sem cabeça. o panorama: uma nuvem temporal de insectos aos sete ventos a contaminar a humanidade da palavra.



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