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 TatuagensData 18/08/2010 10:07:51 | Tópico: Poemas
 
 |  | Quando te esvais A arrastar a língua
 Pelos lados de fora do corpo
 Vejo-te sempre tão cansada(o)
 
 Nem os olhos esbugalhados
 De tanto esmiuçares as letras compostas
 Te deixam tatuagens virgens
 Quando as ossadas te são adversas
 Por debaixo da carne
 A iniciar um estado de putrefacção
 
 Há nos poros da tua pele
 Um desgaste rápido
 Pela porosidade do tempo
 Sempre que te resignas
 A  compor poemas
 Que não te cabem nos olhos
 
 Deixa os versos seguir os seus trâmites
 E reescreve os teus
 Transforma-os
 Edifica-os
 Molha-os com a saliva
 Que a tua língua transporta
 E verás que há palavras
 Que te serão um doce
 A cair-te na boca
 E no corpo todo
 A acariciar-te as partes mais íntimas
 Mira(douros)
 
 
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