Todas as madrugadas desce uma nuvem

Data 12/08/2007 10:10:18 | Tópico: Poemas -> Sombrios

Todas as madrugadas desce uma nuvem sobre o meu peito,
todas as noites o basalto frio recolhe-me nos ossos
onde alojo a alma, esta que te clama,
que te pranta e se não cala.

Do mar sobem gritos de silêncio
nas águas retalhadas de um quase nada.
No fio da navalha e na amurada, espumas rudes
enfeitam sonhos perdidos em lágrimas de ternura.

Todas as noites, no quase noite dos meus dias,
morro por dentro, afogada nas lágrimas do meu canto.




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