Incoerências

Data 19/08/2010 18:03:21 | Tópico: Poemas

Os sintomas
Afiguram-se os mesmos
Numa dorida convalescença

A mágoa retoma o prurido
Na inflamação do sentido
Com que a alma se afecta

Os sonhos
Desde já descabidos
Se evaporam como água exposta ao sol

Sente-se o aperto da fuga
E o evidente desintegrar
De um companheirismo em conflito

As evidências
São claras como a água
Que pura brota do epicentro do seu nascer

Só resta clarificar ideias
Despontar outros ideais
Que a vida não pára ao primeiro sinal vermelho

A existência quantifica-se
Nos habitantes que a possuem
O vil tratado ratifica-se
E as esperanças se diluem
O humano prontifica-se
E os estados (d’alma) evoluem


António MR Martins

2010.08.19


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