EU AO AVESSO

Data 14/09/2006 02:24:45 | Tópico: Poemas

Eu sou imprudente, reconheço.
Mas não fico chorando me tropeço
Nem tão pouco ali adormeço
Remoendo a queda enquanto adoeço.

Ninguém se importa se desapareço
Por isso o mundo é meu endereço.
Só sou feliz enquanto aconteço
E é com frio inverno que me aqueço.

Não importa se não mereço:
Se pago o preço,
Eu cresço, me estabeleço.
O avesso é meu recomeço.

É no inusitado que apareço.
Sem surpresa eu envelheço.
Nao restauro nada, apenas esqueço.
O fim, pra mim, é um bom começo.



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