
VERDETE
Data 12/08/2007 17:32:30 | Tópico: Poemas -> Sociais
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Desço escadas, passo a passo; Degraus fartos de verdete, nas Esquinas das ruas, perpassam A pobreza mais pobre – vultos
Inconformados, deambulam de Cá para lá, buscando o instinto Da sobrevivência, no olho que Tudo pode, tira e retira.
É pois o próximo passo a dar o Grito, inconformado e distinto, Enquanto os corpos agonizam, Por um pouco de terra tão sua.
Bêbadas pedras de calçada unem Esforços simétricos, alicerçando Torres de marfim, no coto Incestuoso dos vitrais assimétricos.
Prédios de betão armado içam A aglomeração destas pobres gentes; Não há nada aqui que se possa fazer Senão esperar a bonança
E o regresso às origens, tão longe E tão perto de se tornarem numa Realidade, que fará, do homem, A saudade de outros tempos áureos.
E o sujeito caminha na escuridão Da noite, pensativo e comprometido. Chegará o dia em que todos Terão o seu espaço e a sua liberdade.
Jorge Humberto 09/08/07
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