diz qualquer coisa

Data 23/08/2010 11:19:02 | Tópico: Textos

levas os meus braços e esqueces-te deles num chão sem serventia. esqueces-te de quem são os braços, esqueces-te até dos teus. esqueces-te da cabeça. anda perdida na dúvida sobre o teu próprio ar que os teus olhos preenchem de esquecimento e esvaziam na virtualidade de conteúdos. estou aqui só dentro de um sopro cardíaco a boca à tona da respiração em golfadas de saudade, do outro lado do vidro do teu tempo. estanca-me a dimensão da espera que me escreve no corpo as rugas do desencontro. e a pele vai enrolando sobre si mesma os dias vazios, numa monotonia dos pés, dos passos, do andar. resta-me um coração afogado preso por um fio de infinito ao movimento dos teus lábios. diz qualquer coisa, ou não digas nada, mas não te percas dos braços, nunca.
levas os meus braços e esqueces-te deles num chão sem serventia. esqueces-te de quem são os braços, esqueces-te até dos teus. esqueces-te da cabeça. anda perdida na dúvida sobre o teu próprio ar que os teus olhos preenchem de esquecimento e esvaziam na virtualidade de conteúdos. estou aqui só dentro de um sopro cardíaco a boca à tona da respiração em golfadas de saudade, do outro lado do vidro do teu tempo. estanca-me a dimensão da espera que me escreve no corpo as rugas do desencontro. e a pele vai enrolando sobre si mesma os dias vazios, numa monotonia dos pés, dos passos, do andar. resta-me um coração afogado preso por um fio de infinito ao movimento dos teus lábios. diz qualquer coisa, ou não digas nada, mas não te percas dos braços, nunca.



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