
Às Margens do Rio Paraguai II
Data 27/08/2010 13:28:19 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Um sol ofuscado e tosco cobre a cidade Cheia de poeira e fumaça Sufocados pelo clima da nossa realidade Que maltrata implacavelmente quem passa.
Às margens do Rio Paraguai Já não se vê o pôr-do-sol encantador Ouve-se o lamento e gemido de ai De quem não suporta esse calor.
O Rio lamenta e se contorce Como uma serpente sem direção Sente a ausência das chuvas e retorce E as águas não caem nesse chão.
Há um lamento geral na população Que enfrenta esse ar sufocante Mas isso é fruto da própria ação De gente tão petulante.
As belezas da natureza foram cruelmente Exploradas para satisfazer Vidas que só tinham em mente Realizar seu bel prazer.
O vermelho sangue de um sol triste É a imagem da desolação De ações destruidoras que insiste Em mostrar os abusos da nação.
Se existe ainda alguma esperança Que possa recuperar nossa paisagem Para que não vivamos só de lembrança Está é à hora de fazer essa viagem.
Odair José Poeta e Escritor Cacerense
http://odairpoetacacerense.blogspot.com
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