NOVO MUNDO

As árvores retorcidas como ganchos
As flores ou gigantescas ou ínfimas
A ponto de não se percebê-las flores
O céu emoldurado de um amarelo redivivo
As nuvens, raras, plainando em tons de pardo...
Um pássaro azul pousado num galho
Olhava de lado, enjeitando o jeito estranho de tudo
Poderia até voar e contemplar tudo de cima
Como é bem dele para prenunciar a felicidade
Quando ela, iminente, se aproxima...
Mas continuava ali, imóvel nas garras dos pés
Encarapitado à braça, a olhar desconfiado,
Destratando o céu, meio desapontado
Da modelagem e da paleta do novo mundo...