POMPA E CIRCUNSTÂNCIA

Data 30/08/2010 16:52:39 | Tópico: Poemas


Era 25 de dezembro...
A CASA GRANDE estava toda iluminada.
Vibrando festivamente no preparo
Da grande festa para comemorar
Os 15 anos da menina Alice.
Nunca vi tanta fartura:
Carnes, bolos, doces frutas e licores.

Fiz uma visita à senzala.
Pobres escravos, deitados em volta
De uma foueira czinhando feijão com mandioca...
O olhar triste dessa pobre gente
Me condoeu atá o limite da resistência humana.

Voltei à cas grande e como eu era
advogado do Coronel, fiz-lhe um pedido:
-Quero oferecer uma cesta de alimentos
ao escravos.
-Pode fazer á vontade:
Preparei uma cesta com tudo o que
Existia de bom e do melhor
E Entreguei aos escravos...

Nessa noite dormi feliz
E tive um belo sonho:
Uma comunidade de negros,
Todos bnitos, bem vestidos e perfumados
Entravam numa catedral
Com toda a pompa e circunstâcia.
Para assistir a missa go galo:
Era Nita de Natal...



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=148740