AMES EM TI A MINHA PAIXÃO
A porta está trancada Colocas chaves em vão... Sou prisioneiro de mim por fora Encadeado por tua visão
Bonita esta breve história... Escancara um sangue são
Vertendo lento, Roxo amora Ecoa barulhento... Tal baques de pilão
Encontram-me sete batidas Sete gongadas amigas Circunscritas ao cerne do peito
Sete almas por ti perdidas Sete lágrimas de história Levando incontido alento
Sete sopros de vida Vão dormir nas tuas mãos Tu dirás se curtas ou cumpridas As entregas últimas Até o finamento
Não procures em mim defeitos Eles mesmos te encontrarão...
Lembres apenas meu estranho jeito E traduzas-o por novos beijos, Em carícias que sou afeito Ames agora em ti, a minha paixão
Por certo que gotejarás sentida Aos lençóis de bordados bem-feitos Sobre corpos mudos em estirão Destes teus tantos outros leitos...
Que nunca, jamais serão sombras Do que meus amores seriam Abraços que enfim morrerão
Arrumes minhas roupas, Laves tuas mágoas em sabão Guardes-me em gavetas poucas
Minha palavra por ti chora... Recolhas o que de mim sobra Pousado em letras ao chão
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