
O AMOR QUE NÃO ME DÁS
Data 01/09/2010 20:13:07 | Tópico: Poemas
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O AMOR QUE NÃO ME DÁS
Falaste-me de amor, como quem pare um filho, rustilhando em gestação, incandescência, Numa ousada angústia de gatilho, Disparaste à queima-roupa, em eminência. Implorei às faculdades do racional, Rogando, silêncios de compaixão, Desalento, era uma réstia capital, Num olhar que vislumbrava solidão. Falaste-me de amor, como quem confessa, Sem malícias, a inocência imaculada, Tentavas-me agarrar naquela pressa, De amar e não amar, não saber nada. Cansei de fingir, ser parte inteira, Desta novela impostora e abusiva, O amor, não é uma brincadeira, Que se troca, como quem muda de camisa. E de improvisadas e gastas cenas, Termina um ciclo vicioso, bem mordaz, Quero escrever feliz, outros poemas Da vida e do amor, que não me dás.
Regensburg 28-08-2010 Beija-flor
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