Poesia ao raiar do dia

Data 04/09/2010 17:01:38 | Tópico: Poemas

Dos desnortes que se passam em agudo sonido,
Não, não "olvido",
apenas afasto!
O reverbero deste distante passo
rodopiante, ébrio e errante
onde tropeço o traço.

Zunem os fonemas em entrelaço,
neste insano espaço,
que brilha ao fim da noite tardia.

Mas, a vida vem e me afasta,
convida para ver, ser,
beber um vinho
ao amanhecer
apreciar o caminho
caminhar ao mar,
sonhar um dia novo,
ver as ondas em rebeldia.

Pergunto-me:

-Isso também não é poesia?

Mudo,
me respondes
com tua boca
à minha boca
ao nascer do dia:

-Não tema, viver é um grande poema!

E solta, flutuo em uma nuvem de paz e harmonia
no céu de tua boca que por dentro de mim sorria...


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