
NU POMAR
Data 04/09/2010 17:19:53 | Tópico: Poemas -> Sociais
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No pomar, O dia corre ao compasso do labor. As pêras soltam-se ao toque das mãos argutas E recolhem-se quilos e quilos de fruta.
Ouvem-se vozes em distintos tons de fragor: Balde!... Balde!... Balde!...
E os baldes ganham asas decididas À esquerda, à direita, à frente, atrás… Escolhem-se as boas pêras, das más E estas tombam no chão, esquecidas.
No pomar, O sol acaba sempre por levar a melhor Quando os corpos se sentem acossados E já fraquejam meios desidratados.
Ouvem-se vozes em distintos tons de fragor: Água!... Água!... Água!...
Umas após outra, as pereiras são despidas E não importa quantas faltam ainda… Existem prazos e logo a colheita será finda, Com todos de regresso às suas vidas.
No pomar, Não há tempo para sonhos, nem esplendores. As conversas ocasionais e as piadas Mantêm as pessoas do grupo animadas… E assim se superam muitas dores.
E quando a última pêra é recolhida (Sem dramas, nem ais), O pomar parte para outra vida.
Para o ano há mais!
03.09.2010, Henricabilio
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A Pêra Rocha
Em 1836, foi identificada no concelho de Sintra, na propriedade do senhor Pedro António Rocha, uma pereira diferente, com frutos de qualidade invulgar, cuja denominação de origem é actualmente “Pera Rocha do Oeste”, variedade Portuguesa concentrada na região Oeste, na orla marítima desde Sintra até Leiria.
A área de produção da pera Rocha do Oeste abrange os seguintes concelhos: Sintra - de onde é originária - estimando-se que actualmente existam apenas 120 ha de pereiras, dispersos por pequenas explorações de carácter familiar; Os oito principais concelhos produtores: Cadaval, Bombarral, Torres Vedras, Caldas da Rainha, Alcobaça, Lourinhã, Óbidos e Mafra.
A Pêra Rocha é um fruto tradicional de Portugal, com o Oeste a deter mais de 95% da produção mundial (100 a 200 mil toneladas/ano, sendo 40% destinadas à exportação) e colhe-se entre Agosto e Setembro. É uma pêra de cor amarela ou esverdeada, depende da sua maturação, sabor agradável, polpa branca, firme, açucarada, sumarenta e com excelente poder de conservação no frio controlado.
È produzida segundo as normas das boas práticas agrícolas, obedecendo aos métodos e técnicas culturais da Protecção Integrada, que funciona como garante de Higiene e Segurança Alimentar, para os consumidores deste delicioso fruto. Possui grande longevidade, em boas condições de consumo, podendo os consumidores guardá-la em sua casa durante 8 ou 10 dias, apòs a sua aquisição nos postos de venda.
Nunca sofreu melhoramentos genéticos, é rústica, mantém a sua originalidade, para alem do seu grande valor nutritivo através do consumo em fresco, detém extraordinárias potencialidades para o seu uso na produção de doces e licores de produção artesanal.
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