A PRIMEIRA EDIÇÃO

Data 06/09/2010 18:27:33 | Tópico: Poemas -> Fantasia








A PRIMEIRA EDIÇÃO


A Imaginação acordou toda animada.
Desceu da cama afobada,
vestiu a roupa apressada
e saiu de casa bem cedinho,
quando ainda era madrugada.
Não se importou com o frio,
nem com a cerração
que deixava tudo embaçado.
Vultos se aproximavam
e a Imaginação ficava assustada,
com cada aparição que avistava.
Numa curva da estrada,
alguém apareceu assim do nada
e surpreendeu a imaginação,
quando ela ainda se aproximava.
O vulto se agigantava como uma sombra.
emoldurada pela cerração que aos pouco
se dissipava.
Era a sua amiga, a Curiosidade,
que a espreitava toda a vez que saia
de casa e como sempre acontecia,
ela mal se continha,
para saber os acontecimentos do dia.
- E então, Dona Imaginação,
aonde vais tão apressada?
- Tente descobrir, já que tens ouvidos tão
afiados e estás sempre tão bem informada.
- Diga-me uma só palavra,
respondeu a Curiosidade,
ficando cada vez mais agitada
e correndo atrás da Imaginação,
que carregava consigo os seus versos
mais antigos.
- Estou à caminho da Editora,
disse a Imaginação a sua amiga.
Mais alguns dias e poderás descobrir
todos os segredos que estive a encobrir,
e que agora todos poderão conferir.
A Curiosidade mal se conteve,
nem se despediu da Imaginação
e como sempre acontecia,
correu o mais que podia
e ia contando a todos,
que a Imaginação estava preparando
a sua primeira Edição,
e que muito em breve entraria em circulação!

Débora Benvenuti



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O LIVRO CHAMA-SE " O ACENDEDOR DE CORAÇÕES" E USA SOMENTE A PROSOPOPÉIA COMO FORMA DE ESCRITA.
ESTE FOI O POEMA QUE DEU ORIGEM AO LIVRO:




"O ACENDEDOR DE CORAÇÕES"



Era uma noite gelada e fria,
em que o sereno da
madrugada caia.
O vento castigava a quem
não se abrigava da noite
que se prolongava,
como uma ave de rapina,
estendendo as suas garras,
até alcançar o raiar do dia.
Nessa noite o Amor
se compadeceu,
de todos aqueles
que não tinham um amor,
para chamar de seu.
Acendeu um candeeiro
e saiu na noite escura,
como um curandeiro,
procurando um coração,
que precisasse de um pouco
de paixão,
para dar vazão à emoção
que fazia eco em seu coração.
Andou por muito tempo
e foi acendendo todos os corações,
em que a chama da paixão,
o vento do tempo apagara.
Por onde andou,
só encontrou as cinzas
que a paixão deixara,
nesses corações que nunca mais
amaram e já haviam esquecido
o quanto o Amor os havia aquecido.
Acendeu tantos corações,
até que o fogo do seu candeeiro apagou
e com o vento como açoite,
voltou para o seu leito
e dormiu como nunca antes
havia feito,
nos lençóis amassados e desfeitos...


Débora Benvenuti



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