Conversa com a alma aflita

Data 07/09/2010 00:10:06 | Tópico: Poemas

Porque me gasto em redemoinho casto
de decência forçada, amargo pasto,
onde me posto, me mostro, nua postada,
meia mulher negra, vestida, negada.

Meu pequeno cubículo de segredo
meu sereno currículo sem medo
serias tu meu veneno, meu fim, ledo,
serias tu meu ameno sopro de degredo.

Que te definas, pois minh'alma definha
que te termines, pois minh'alma caminha
e não espera, tem pressa, aflita berra.

Anda, vai em frente, chega ser dormente!!!
Te levanta, te olha, te enxerga,
Vês de uma vez a luz que tua alma enverga.



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