CASUALIDADES

Data 09/09/2010 18:14:28 | Tópico: Poemas

Não sei porque razão estas coisas têm que me acontecer
Sei que quando te vi, senti-me de imediato agarrada
Gostei do teu sorriso, do teu olhar de intenções a arder
E da entoação que davas à frase deglutida pronunciada

Falavas e eu ficava presa a ti, em intervalos de paladar
Com um som de um bater de língua no céu-da-boca
Gritos mudos de desejo, como sinos em mim a badalar
Incentivavam uma junção transgressiva e muito louca

Por terras estranhas, caminhamos numa outra cadência
Tu foste até ao fundo de mim num imenso arrebatamento
E disponíveis estávamos na descoberta da nossa essência

A nossa viagem foi uma reprodução de uma tela de Chagall
O mundo visto de cima era muito pequenino, um divertimento
E de nuvem em nuvem dançávamos o nosso bailado sexual



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