As flores do meu vestido não nasceram no pano crú, foste tu que as colheste no rio doce onde banhamos o nosso amor com sabor a mel e uvas... E nas minhas curvas navegaste delírios e alcançaste, a nado, as flores de brocado que flutuavam em oferenda, nenúfares de renda que prendeste ponto a ponto com beijos de conto e toques de fadas... As flores de que me visto nasceram do amor bailado em porfia e desafio no nosso rio sobre ondas desenhadas, sobre seda e tons de linho. E o vinho que aqueceu os nossos beijos enfeitou de retrós o veludo da tua voz...