AQUELA NOITE
Data 13/09/2010 22:30:30 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| AQUELA NOITE
Ela vem ai eu sei Não são os olhos do corpo que mo dizem Mas aos da mente não passa indiferente Ela vem ai, a noite Sinistra impiedosa impante Investida de poderes régios Passo sereno, compassado Mas cônscio determinado Traz contrastante um camafeu na lapela É verde esmeralda Em contra-ponto com a túnica Da cor da negritude Por detrás do seu busto, deveras ténue Um luzeiro se vislumbra Como a forçar para a penumbra Dantesca figura Da noite que se adivinha. Não, não é a noite de todos os dias Não vem engalanada Com constelações Nem sete strelo nem Orion Não deixa entrever a via láctea E não trás lua que dê luar De rotunda escuridão feita mar É noite que não tem retorno Que não reconsidera Portadora de felina alma Implacável fera É a noite que se avizinha.
Antonius
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