Soneto do desprendimento

Data 14/09/2010 21:46:49 | Tópico: Sonetos

<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_aen24tEV1_U ... ento.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 266px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_aen24tEV1_U ... +desprendimento.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5516581224637320530" /></a>
Se a ti, conscientemente, impeço
De realizares tuas quimeras;
Assim também, consciente, ingresso
Ao incômodo rol das bestas-feras.

Se do fruto que colher queres tanto
De fato não posso ser a semente,
Não é justo que eu me sirva, portanto,
Para meu doce deleite, somente.

Se pudesse não sofrer; _ Quem me dera!
Se me perdesse em profundo sono;
Remediado estaria esse inferno.

Vai, então, no auge da primavera;
Que eu fico aqui em meu outono,
Pois não mereces, da vida, esse inverno.


Frederico Salvo


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