
Á MARGEM DA EQUAÇÃO DA ALEGRIA
Data 15/09/2010 12:44:38 | Tópico: Poemas -> Esperança
| Lá fora, A chuva molha o asfalto; Aqui --- dentro de meu peito, A imensurável savana indomável --- Sinto-me perpétuo amanhecer calcinado.
Tenho tantas dúvidas Pesando sobre meus ombros: Ah, a mente prefere, entretanto, O elixir da solar primavera Á indigesta verdade impressa Nas dolentes páginas gélidas Do inexorável inverno-escombro.
Quero chegar ao cume Da montanha dos sonhos: Pegar seus atóis e espólios Á mão do arco-íris-estanho, Convertendo-os em estela de ouro Ou num esplendoroso sol de titânio.
Todavia, Quando regresso Desta tão libertária viagem-gerânio, Novamente me encontro Aprisionado em nosso cotidiano-escafandro:
Aí, então, Eu me readapto E me rearranjo, Esperando que um dia talvez A nossa consciência Reduza a pó O cárcere-verdugo Da sua Fogueira-Soprano, Tornando-se --- enfim --- O eterno, libérrimo, belo, Etéreo e soberano Pégasus-Oceano!
JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
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