MATANÇA GORDA

Data 16/09/2010 22:36:13 | Tópico: Poemas

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MATANÇA GORDA

Eram vinil sobre os pinhais
Farfalhando aromas indigestos,
Ruminando miolos,lentos,brutais
No colo dos restos,
Existenciais.

Ressoavam na fresta da pele,
Fundas, numa persistência,
Mastigando os olhos com fel,
Amargo cartel,
O da existência!

E malha-se o frugal rosto caído,
Romarias de balbucios e pregões.
Quebra-se o palanque desabrido,
No ser despido,
Das multidões.

No postigo dos sonhos a cair,
Acorda-se sem pressa de respiro,
Afoga-se a ressaca de existir,
Sem se pedir,
Prime-se um tiro.

Apara-se a angústia, na matança gorda
estraçalhando o tédio, duma vida toda...

Regensburg
17-09-2010
Beija-flor



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