pupila negra

Data 18/09/2010 21:34:31 | Tópico: Poemas

Arranha-me
a unha
escura,

a nódoa
turva,

o vento
sujo
de fuligem,

o poço cão
sabujo
sem fundo,
da vertigem.

Profunda

é a negridão da pupila
por onde desço.

Não,não esqueço:

Todas as esquinas dos becos
são contadas em ecos

insuspeitos.

Tudo nos olhos fica:

mortos
e vivos
jazem

em leitos .




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