Douro

Data 20/09/2010 14:26:32 | Tópico: Sonetos

Talhado curso em força bruta
O que o rio segue como destino
Faz descer ao leito afiado e fino
Subir encostas de forma abrupta

A água tendida esqueceu a luta
Tem barragem que lhe tira o tino
Espelha-se num sol vespertino
Fica sulco de quilha arguta

Pelas margens não indiferentes
Os socalcos são provas puras
De passadas e presentes amarguras

Não se nota, mas teve e tem gentes
De rosto sempre pregado no rio
Que nele a vida uniu no mesmo fio.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=151841