SORTE E AZAR

Data 22/09/2010 13:09:45 | Tópico: Poemas

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SORTE E AZAR

No decote da noite o sono avança
Abotoando em desordem a nudez,
Ditongos invulgares, soltos na dança,
Vulgar herança
Pálida tez.

Amua-se o cansaço encadernado
Nas justas empreitadas do desdém,
Forrado de emoções, gerindo o fado
Desarquivado
Feito refém.

Fenece o escrutínio, incisiva
Maioria a pender bem enganosa,
Dispõe-se diligente, executiva
Outra missiva
Tendenciosa.

Invólucros levianos, atrevidos
Desfolham malogros comoventes,
Rasgando pregas, descomedidos,
São só gemidos
Presos nos dentes.

E assim a fraude dos sentidos ausentes,
Evidencia ninharias de cagança,
E a sorte que é azar, são componentes
Sempre diferentes
Nesta balança.

Regensburg
22-09-2010
Beija-flor



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