VEZ APÓS VEZ

Data 02/06/2011 18:37:10 | Tópico: Poemas


VEZ APÓS VEZ

Vez após vez
Rasgam-me olhos d’um ver assim:
De delir sensatez
E quaisquer afins

Carvoenta limalha de refolhos...
Entremez de engrossar os confins
Da traiçoeira desnudez, em arroios

Vez após vez
Sem espólios, alma afebriada, vim
Rojei-me na azulada candidez
Em recíproca de nada? Sim.

Foi anseio de pascentar teus abrolhos...
Um tanto cego e alheado, outrossim
Amei e amo logrado: na escassez tua, folgo



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=152146