Passageiros do tempo (de Haeremai)

Data 24/09/2010 10:01:11 | Tópico: Textos


Que será de nós passageiros do tempo, se nele não existimos (Haeremai)

- Haeremai, uma frase forte, como fortes são os tons de azul que nos indicam novos tempos, sempre que o olhamos e repartimos, á espera de novos movimentos conciliadores de uma nova unidade de tempo. A sermos um só, veremos a alma como um conjunto de seres a navegar num espaço aéreo, onde nossos corpos nascem a par das estrelas, e por um só momento na vastidão profunda que nos habita. Tal o Universo que nos deu voz terrena, na poeira do caminho, há partículas miudinhas de um pó firme que vingará na união de todos os pontos que a compõem. Assim seremos viagens infindáveis, rumo a novos pontos traçados no Universo, que sustenta a mente universal, como um composto orgânico a solicitar ao mundo, novos rumos.

- Beijo Azul, como azul é o sítio de onde venho, apesar do branco dos meus olhos. Um sopro, o teu beijo a apaziguar os batentes demolidores de certos pontos que nos unem. Ser passageiro de um tempo, é não ter tempo, para seguir-lhe os passos. Ou será, que a ver pelo tom que nos indica os vários pontos no azul índigo, este é um traço ao encontro de novos pontos. Engolindo as partículas de um único sopro, manter-nos-emos de pé, para que dos corpos das estátuas, se refaçam novos homens a caminhar sobre a terra.


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=152360