
O que pode ser.
Data 26/09/2010 21:05:15 | Tópico: Poemas -> Sombrios
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Desfaço-me aos néscios passos deste sol-nascer sono profundo, mundo imundo...
Cospe minh'alma ao florescer senil. Pretenso momento imenso Engano crasso, enxugado com lenço.
Mas não arrependo-me rendo-me apenas...
Apenas é... vida amor quimera perdida distante, Argos navegante neste mar de dor.
Meu corpo? morto! por cáustico amor.
Perfídia vil de ser feliz corpo insano de cicatriz convulsiona na insone noite interminável infindável...
Inebriane glicerina instável que explode minha razão ópio de meu corpo próprio apocalípse nos dedos de minha mão.
A vida é um caminho que não existe mas insiste em minha imaginação.
Lascívias vis risos pueris, sonhos, ilusão...
À vida e a poesia digo sim, morrerei e não aprenderei a dizer não.
E assim morro, escorrendo pelos dedos de uma rude mão.
E neste momento sou nada letras apenas, em brado de consolação.
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